Eu fui uma garotinha inteligente… e esperta. Eu aprendi desde cedo que a gente precisa conquistar o que é nosso. Que precisamos trabalhar para isso. Que nada vem fácil demais, e, se vem, não terá tanto valor quanto imaginamos.
Eu briguei a vida toda para ser livre… Livre para escolher meus próprios grilhões. Livre pra tomar minhas próprias decisões, para ser quem eu sou, para ser dona do meu próprio nariz. E eu aprendi desde cedo que eu sofreria as consequência de tudo que fizesse.
Eu me senti fraca por tanto tempo… até perceber que eu sempre fui forte demais. E que eu sempre seria. Mas eu vivi por tanto tempo sem a garra de ser forte pra mim, por mim.
Eu precisei estar sozinha pra ver que eu não estava tão sozinha assim. E pra entender que eu preciso saber ser só. Para ser quem sou… Para ser livre.
Eu acho que cruzei meu deserto. Eu acho que escrevi minha história. E segui em frente… O que será que vem agora?
“Eu quero ser forte, eu quero rir junto
Eu quero pertencer à vida
Viva, viva, quero levantar e dançar
Desfiar minha meia-calça em alguma espelunca com juke box
Você quer?, você quer?, você quer?
Dançar comigo, meu bem?”(Joni Mitchell – All I Want)