Neste azul do céu me vejo
A imensidão é minha
Nas nuvens branquinhas que se movimentam
eu me entrego e me deixo bailar
Quantas já fui
e quantas outras ainda vou deixar me habitar
Tantos amores que me transformaram em tantas outras de mim
Tantos cacos de mim
Tantos versos…
Eu, ostra ferida produzindo minhas pérolas
Não me canso nunca de acreditar
Porque o amor é o que me define
o amor é só o que pode me libertar
O mesmo amor que muitas vezes me impediu de ser livre, eu sei
O mesmo amor impresso nos recortes de mim mesma que colo em versos
Porque amor é liberdade
E eu sou os dois!
Eu amo
Eu me quebro
Eu me reinvento
E no meio de toda a bagunça que fica
Eu encontro pedaços de mim
Jogo fora coisas que não me cabem mais
Reconheço partes de mim nos acasos
Me reencontro comigo e me reconheço nas bagunças que desenterro e reorganizo
Eu sou um acumulado das partes que eu espalho
Eu sou todas as fases que eu passo
Cada sorriso largado
Cada gota salgada de orvalho
E tudo o que amo e de tudo o que vivo
Tem tanto de mim no meio
Tem tanto fim e tanto começo
Mas eu fico
Eu resisto
Eu existo
Eu me liberto de mim
E sigo.
Ps: Você já se abriu hoje?
Ao som de: Deixa eu querer voar
Ao drink de: café, preto, forte, sem açúcar.
“They said, I should walk away
But I could never let you go
I know, it was a mistake
But If I’d never try I’d never know
Sometimes it feels right to do the wrong thing
Now I know, that you won’t come back”
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