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Oi, sou eu de novo

Hoje é um dia daqueles…

O céu cinza apaga as luzes dentro de mim.
A chuva miúda me lembra das minhas próprias miudezas…

Sentimentos pequenos que eu não queria sentir.
Mas sentir nunca foi sobre querer…
Você pode até se esforçar, até esquecer…
Mas as marcas continuam lá.

Sabe… quando minha vida sai fora dos eixos e tudo parece confuso, eu costumo me lembrar de você.

Talvez porque você tenha sido sempre tão confuso.
Talvez porque, nesses momentos, costumo escutar aquela playlist que eu fiz para você.
Ou talvez porque você tenha sido o amor que eu inventei…

Um amor que eu inventei para acreditar em finais felizes
Na correção do universo para pessoas tão quebradas como nós

A minha forma complicada de fingir que eu estava tentando amar…
Que eu não tinha medo de ser amada
De não ser

Com você, eu mergulhei no mais profundo e doloroso dos lirismos
O platônico
O impossível
A trama shakespeariana que só parece boa no cinema
Onde você manipula o enredo

Eu maquiei nosso roteiro.

Eu fiz de você um amor bonito enquanto o que existia era tudo, menos amor.

Na minha vida, às vezes, parece que é tudo sobre o amor.
E quanto mais eu busco
Mais eu vejo os lugares onde ele não está

Em você eu não encontrei amor
Mas ainda há um espaço seu dentro de mim

Falo contigo como se falasse comigo
“Hey, garota, o que é que você está fazendo com você mesma?
De quantas formas você ainda vai se machucar de novo?”

Eu sinto que eu estou cada dia mais perto de não me machucar mais
Talvez eu perca alguns poemas pelo caminho
Mas ainda dói…
Hoje eu sei que não há muitos amores em que me cabe
Mas ainda dói

Hoje eu sei que o amor que me preenche é apenas o meu
Mas ainda sim, às vezes dói

Hoje eu sinto as miudezas dessa dor
Miudezas de mim

Mas eu não sou mais tão pequena como era antes
Você tinha medo de mim porque eu era livre
Mal sabe você o tamanho que tenho agora
E ainda sim, às vezes me faço pequena para me ouvir

Ouvir a menina pequena que queria voar
Aquela menina bravia que jurou não depender de ninguém
Não precisar de ninguém
Que criou sua força do pó, da dor, do sangue invisível que jorrava de suas veias

Eu sou cria da dor
De todo o abandono de uma alma sedenta de amor

Mas isso me fez vulcão
Sou feita de rocha, indestrutível
Sou feita de fogo, jorrando paixão
Sou uma força da natureza que não passa despercebida

Eu vou sempre renascer
E triste de quem não tiver perto pra ver


Ps: Você consegue me ver?
Ao drink de: Gin, tônica, energético de melancia
Ao som de: Life sucks

Loving you, I thought I couldn’t get no higher
Your November rain could set the night on fire, night on fire
But we could only burn so long
Counterfeit emotions only run skin deep
Know you’re lying when you’re lying next to me

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