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Desamor

Às vezes vejo o céu, com suas nuvens tão demarcadas ao entardecer
Parece quando a gente esbarra no que escreveu a lápis e sai manchando todo o papel

Um papel opaco, grandão
E aquelas manchas ali
Umas mais claras, outras mais escuras
Porém todas extensas…. como se as nuvens escuras esticassem o céu pros lados

Da minha cama observo
E vos conto
Me sinto tão pequena

Estou tão cansada de sentir raiva de você.
Isso não quer dizer que eu te perdoei.

Quando me lembro que você me magoou desse jeito
A vida para de fazer sentido
Tudo paralisa um pouco
E eu fico ali, meio morta por dentro
Me perguntando o que é que aconteceu

Acho que fui eu que me enganei
Quis ver em você um amor que não tinha
Projetei em você o amor que eu sonhei
a minha poesia
você abraçou a minha fantasia e fez dela a sua própria mentira

E agora, o que restou?

Um papel opaco, manchado
o passado
um dia após o outro
minha sobrevida de novo

Pequenos pedaços da sua ausência…
Ligeiros sopros da minha descrença

Gotas de vida que choro e bebo todos os dias
uns post its perdidos
os abandonos da vida

Eu…
sou um compilado de desamor


Ao som de: Bota teu cropped
Ao drink de: Vinho tinto – Dardines Barrica 2018

“A mulher que eu me tornei
Custou muito caro, não vou negar
Noites em que sussurrei pro vento soprar tudo pro lugar
Veja o quanto ganhei
Descobri ser o meu próprio lar
Hoje você é de ninguém
Mas chora por não se libertar
Mas chora por não conseguir se libertar

Eu quem peço perdão
Desejo a ti evolução
Eu quem peço perdão
Por ter seguido o coração
Eu quem peço perdão
Espero que um dia entenda
A minha decisão”

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