Cansaço

Este é aquele dia… O dia do “por que”. O dia em que cada pedacinho do seu corpo parece questionar pra que raio de lugar as coisas estão indo. Até quando vamos insistir nos mesmos dramas e até quando as coisas vão ficar assim, meio merda. Todas essas pessoas felizes, como é que elas fizeram isso? Não era isso que os Beatles perguntavam? Ah, não! Sempre foi mais fácil falar sobre as pessoas solitárias.

“A solidão é uma velha amiga”, mas essa amizade cansa, às vezes. Tudo na vida cansa, a certo ponto. E eu estou exausta. Tão exausta de lidar com pequenos problemas e com essa tristeza miúda que bate aos domingos. Ainda nem é domingo e eu já antecipo o problema. Eu tô ficando velha demais pra não ser feliz o suficiente. Mesmo que tenham me dito que apenas os tolos ficam satisfeitos.

Eu estou farta das conclusões precipitadas que me tornam tão pequena. Tão diferente do que sou e do que queria ser, do que meus ideais têm a dizer por trás de atitudes tão triviais. Talvez eu seja uma dessas pessoas tolas.

Eu estou tão cansada de me preocupar… com tudo, o tempo todo. Cansada do medo de que este seja o dia em que a bomba explode. Porque eu tô sempre tão perto da explosão, e eu ando meio sem forças para correr ultimamente.

Eu tô com raiva do mundo, mesmo que ele não tenha nada a ver com isso. É que é mais fácil do que estar com raiva de mim ou do que entender afinal o que diabos eu estou sentindo.

Eu tô cansada de não ter forças. E eu também tô cansada de tentar ser forte o tempo todo.

Eu tô meio cansada de tentar dizer o que sinto, mas o silêncio costuma ser a pior parte de mim. Embora falar… Eu estou tão cansada de me explicar.

Até quando eu vou tentar explicar? Até quando vamos dar voltas para encontrar “aquela tal liberdade”. Como pode, de fato, uma alma se tornar livre? Até quando vamos procurar amor onde não há? Até quando vamos esperar a saudade aliviar?

Talvez eu só precise aprender a dizer não. A deixar passar….

O dia. Os por que’s. O cansaço.
Os domingos ainda vão melhorar.