(Esse texto é pra todo mundo que diz que eu nunca escrevo textos fofos por aqui. Rs.
Acho que esse passa, né? Rs.)
Eu sei que você está acostumado com outra visão de amor. Eu sei que você ouviu isso de uma forma automática a vida inteira e, muitas vezes, não sentiu… Não sentiu esse amor. Não sentiu que era amado. Eu imagino que, por muito tempo, tenham sido palavras que não faziam sentido algum.
Sabe, eu me sentia assim também. Eu cresci questionando o amor. Porque o tipo de amor que eu tinha nunca foi o amor que eu acreditava. Não fazia sentido.
Acho que poucas vezes eu me senti amada de fato. Na maioria das vezes eu sentia que esse amor era da boca pra fora. Amavam em mim o que eu fazia por eles. Amavam o lado bom. Quando tava tudo bem. Só que a gente não tá sempre bem.
É como eu disse antes:
Acho que amar o outro, quando a gente mal consegue amar a gente, quando não tá tudo bem, não tá tudo fácil… Bem, vou me limitar a dizer que isso é outro nível de amor.
Mas eu cresci, e entendi que o amor existe. Eu entendi que o amor é algo tão grande, tão bonito e tão sério, que não deve ser dito no piloto automático, junto com um “boa noite” ou “muito obrigado”. Um “eu te amo” deve ser raciocinado. Ele merece isso!
O amor merece ser pronunciado com todas as letras, em alto e bom tom, e em plena convicção do efeito que ele pode causar (como um tufão ou um botão que paralise o tempo).
A primeira vez que eu disse que te amava, ele saiu meio quadrado, me arrependi um pouco. Tive receio que pudesse ter te assustado. E eu acho que assustei.
Mas eu queria que você soubesse. Eu queria que você soubesse que eu não estava ali por acaso, que eu não estava ali a toa. Que não era o álcool e nem a minha loucura encenada.
Eu queria que você soubesse que eu estava ali porque eu via algo de especial em você, porque eu sentia algo de especial em nós, e porque eu queria te dar algo de especial de mim.
Tinha um pouco de medo no meu “eu te amo”. Mas ele saiu mesmo assim. Baixinho, sussurrado, no meio da loucura de sentimentos confusos e da falta de tato. Quase como uma sensação despregada do fato.
Hoje não. Hoje eu digo um “eu te amo” seguro. Porque eu amo o homem que você é, com tudo o que você viveu, com tudo o que você sente de frágil, e com a maturidade de buscar sempre transformação. Ser melhor… para você e para os outros.
E eu te amo porque eu quero o seu bem. Ainda que ele não seja ao meu lado (embora eu queira muito que seja).
Eu te amo porque o amor não é um contrato, nem tampouco uma promessa. Ele é uma verdade. A verdade do querer bem. Do querer fazer bem. De querer estar aqui pra você, com amor, respeito, e sem julgamentos.
O que eu quero dizer é que eu te amar significa tudo e nada ao mesmo tempo. O meu amor é agora, de forma honesta e despretensiosa. Pautado em tudo que admiro em você e em tudo que eu quero te proporcionar de bom. Mas ele também é livre. Sem a pretensão de acontecer ou de ser correspondido. Sem a menor intenção de ser perfeito ou de se tornar romântico.
Ele apenas é amor. Ele apenas continua sendo. Pacientemente, sem qualquer outro lugar para ir (pelo menos por enquanto).
E dito isso, eu te amo porque eu não consigo não te amar. Mesmo quando eu tento muito. Mesmo quando eu penso que a minha vida seria melhor sem você. Você é uma parte de mim que vai ficar para sempre, ainda que você não fique.
Mas se quiser, pode ficar, que eu nem ligo. Pode me amar, que eu aceito. Pode vir, que eu abro a porta. Pode deitar, que eu te cubro. Pode cozinhar, que eu como. Pode reclamar, que eu entendo. Pode questionar, que eu repenso. Pode chorar, que eu te dou colo. Pode ir, que eu te espero. Pode ficar, que eu volto. Pode ser meu, que eu sou sua.
Ps: Me deixa te amar? 😊 ♡
“Vem cá
Deixa eu te mostrar
Que eu guardo mil canções só pra te dar
Que eu faço da minha casa
A tua casa sem nem pensar
Vem cá
Deixa eu te mostrar
Que todo o meu amor é teu
Todo o meu amor é teu
Vem cá
Vem cá
Deixa eu te enrolar no meu abraço
E nunca mais soltar
E nunca mais soltar“
Lucas Flavio
•7 anos ago
Os três primeiros parágrafo são de um entendimento e capacidade descomunal de explicação do que é esse sentimento! Você traduziu e explicou muito bem o significado “Eu amo você”, puxando na minha memória horrorosa, não lembro de definição mais fiel e menos romantizada.
Ostra
•7 anos ago
Lucas Flaaaaviooo… Rs.
Obrigada pela sua curiosidade e por ter deixado sua opinião.
Digamos que eu sou uma romântica não-romantizada. Rs
Sinto-me lisonjeada pelas palavras. Obrigada! 🙂